Encapotado sob o manto de uma suposta simplificação fiscal, este governo está a propor um aumento do imposto sobre o trabalho (mais um) de aproximadamente 3,5%, ou seja o equivalente à perda de mais meio salário para cada trabalhador a acrescentar à proposta imoral de transferência de um salário dos trabalhadores para os patrões.
No entanto, já se sabe que o escalão mais alto não sofrerá agravamento, mantendo-se nos 46,5%.
Mais uma vez castiga-se mais os que ganham menos.
Desta vez, o CDS não poderá colocar-se de fora desta discussão, tendo em conta que foi um seu secretário de estado, Paulo Núncio, o primeiro proponente e anunciante desta medida, ainda antes do anuncio de Passos Coelho.
Se esta medida for aplicada, será mais um golpe profundo na nossa já debilitada economia.
Não podemos permitir.
sexta-feira, setembro 21, 2012
quinta-feira, setembro 20, 2012
As contas de João Proença
Considerando que existe em Portugal uma população activa de 5 Milhões de pessoas, das quais 600 mil trabalham no estado, se em vez de penalizar apenas os funcionários públicos com o corte e 2 salários mensais, quanto teríamos de cortar a todos os funcionários para ter um valor equivalente?
Sabemos também que o salário médio na função pública é de 900€ e nos trabalhadores em geral é de 600€.
600.000*900*2= 1080 M€
5.000.000*600*corte geral = 1080M€
Resultado:
Corte geral = 0,36 salário
Concluindo, se em vez do governo ir pelo caminho do experimentalismo, tributasse todos os trabalhadores em meio salário, teria forma de contornar a inconstitucionalidade dos cortes apenas na função pública e ainda por cima, encaixaria 420 M€ que poderiam ser usados para aumentar a liquides das empresas exportadoras.
Esta é uma alternativa, sugerida pelo dirigente da UGT, mas existem outras, como por exemplo, pagar um dos subsídios em certificados de aforro.
Sabemos também que o salário médio na função pública é de 900€ e nos trabalhadores em geral é de 600€.
600.000*900*2= 1080 M€
5.000.000*600*corte geral = 1080M€
Resultado:
Corte geral = 0,36 salário
Concluindo, se em vez do governo ir pelo caminho do experimentalismo, tributasse todos os trabalhadores em meio salário, teria forma de contornar a inconstitucionalidade dos cortes apenas na função pública e ainda por cima, encaixaria 420 M€ que poderiam ser usados para aumentar a liquides das empresas exportadoras.
Esta é uma alternativa, sugerida pelo dirigente da UGT, mas existem outras, como por exemplo, pagar um dos subsídios em certificados de aforro.
sexta-feira, setembro 14, 2012
Em politica não há mesmo memória...
...pelo menos é o que parece.
Nos idos anos de 2011, no inicio da discussão da descida da TSU para as empresas, dizia-se que a forma de financiar a quebra de receitas da segurança social se faria através dum aumento do IVA.
Diziam os entendidos que a medida da subida do IVA, para além da captação extra de receita, teria um efeito semelhante ao da desvalorização cambial, usada noutros tempos e noutros resgates financeiros, e que por essa via aumentaria ainda mais a nossa competitividade.
O que sucedeu foi que o IVA foi efectivamente aumentado, mas a medida de descida de TSU para aumentar a competitividade nunca foi implementada.
Os portugueses, todos, já pagaram com o aumento de custos, de desemprego e estagnação económica o aumento de competitividade que agora nos querem voltar a vender.
Se isto não é um burla, não sei o que é.
Nos idos anos de 2011, no inicio da discussão da descida da TSU para as empresas, dizia-se que a forma de financiar a quebra de receitas da segurança social se faria através dum aumento do IVA.
Diziam os entendidos que a medida da subida do IVA, para além da captação extra de receita, teria um efeito semelhante ao da desvalorização cambial, usada noutros tempos e noutros resgates financeiros, e que por essa via aumentaria ainda mais a nossa competitividade.
O que sucedeu foi que o IVA foi efectivamente aumentado, mas a medida de descida de TSU para aumentar a competitividade nunca foi implementada.
Os portugueses, todos, já pagaram com o aumento de custos, de desemprego e estagnação económica o aumento de competitividade que agora nos querem voltar a vender.
Se isto não é um burla, não sei o que é.
quinta-feira, setembro 13, 2012
Usar um coxo como bengala
Não tem grande contestação a afirmação de que o CDS é a bengala política do PSD. É-o de facto, no governo da república e ambiciona sê-lo na Madeira e nos Açores, assim o PSD precise.
No entanto, o CDS tenta proteger-se a todo o custo de qualquer contestação e de ficar associado às medidas mais gravosas que o governo vai tomando.
Essa posição tornou-se clara, logo na composição do governo, em que "sobraram" para o CDS os ministérios mais pacíficos.
Na actual crise política, desencadeada pelo anúncio dum roubo aos trabalhadores, em favor dos patrões, tornou-se de inicio claro que o CDS estava desde a génese ao corrente de tudo o que estava a ser proposto e até apoiava. As declarações do ministro do CDS, Pedro Mota Soares, de apoio ao anúncio do Primeiro Ministro, e tendo em conta que as alterações nas contribuições para a Segurança Social tinham de ter o conhecimento do membro do governo com essa responsabilidade, mostram que assim era.
Só quando a contestação começou a subir de tom, é que o CDS tentou por-se ao fresco, fazendo o papel de virgem enganada, furtando-se às suas responsabilidades, que são evidentes.
Na Madeira, e para consumo interno, foi veiculada a informação que o líder dos centristas madeirenses liderava uma onda de contestação às medidas propostas. Tudo mentira.
Lá diz o povo que mais depressa se apanha um mentiroso que um coxo, e assim, passadas menos de umas meras horas, sabe-se que por um lado, José Manuel Rodrigues, não abriu a boca na reunião do ministro Gaspar com os partidos da maioria, cabendo apenas a João Almeida a interpelação ao ministro, e por outro lado soube-se também que o único madeirense que interpelou o ministro foi Guilherme Silva do PSD (que no essencial defende a posição do governo).
Percebe-se que o CDS não queira sair chamuscado desta trapalhada monumental, mas as suas responsabilidades e conivência são evidentes.
A contestação e as vaias que recentemente ultrapassaram o perímetro do PSD a atingem os ministros "simpáticos" do CDS são a prova que os portugueses já os desmascararam. Mais cedo ou mais tarde teria de acontecer.
P.S. - A proposta de redução do número de escalões do IRS e aumento das taxas médias correspondentes é uma proposta dum secretário de estado do CDS e foi anunciada ainda antes do comunicado de Pedro Passos Coelho.
No entanto, o CDS tenta proteger-se a todo o custo de qualquer contestação e de ficar associado às medidas mais gravosas que o governo vai tomando.
Essa posição tornou-se clara, logo na composição do governo, em que "sobraram" para o CDS os ministérios mais pacíficos.
Na actual crise política, desencadeada pelo anúncio dum roubo aos trabalhadores, em favor dos patrões, tornou-se de inicio claro que o CDS estava desde a génese ao corrente de tudo o que estava a ser proposto e até apoiava. As declarações do ministro do CDS, Pedro Mota Soares, de apoio ao anúncio do Primeiro Ministro, e tendo em conta que as alterações nas contribuições para a Segurança Social tinham de ter o conhecimento do membro do governo com essa responsabilidade, mostram que assim era.
Só quando a contestação começou a subir de tom, é que o CDS tentou por-se ao fresco, fazendo o papel de virgem enganada, furtando-se às suas responsabilidades, que são evidentes.
Na Madeira, e para consumo interno, foi veiculada a informação que o líder dos centristas madeirenses liderava uma onda de contestação às medidas propostas. Tudo mentira.
Lá diz o povo que mais depressa se apanha um mentiroso que um coxo, e assim, passadas menos de umas meras horas, sabe-se que por um lado, José Manuel Rodrigues, não abriu a boca na reunião do ministro Gaspar com os partidos da maioria, cabendo apenas a João Almeida a interpelação ao ministro, e por outro lado soube-se também que o único madeirense que interpelou o ministro foi Guilherme Silva do PSD (que no essencial defende a posição do governo).
Percebe-se que o CDS não queira sair chamuscado desta trapalhada monumental, mas as suas responsabilidades e conivência são evidentes.
A contestação e as vaias que recentemente ultrapassaram o perímetro do PSD a atingem os ministros "simpáticos" do CDS são a prova que os portugueses já os desmascararam. Mais cedo ou mais tarde teria de acontecer.
P.S. - A proposta de redução do número de escalões do IRS e aumento das taxas médias correspondentes é uma proposta dum secretário de estado do CDS e foi anunciada ainda antes do comunicado de Pedro Passos Coelho.
quarta-feira, setembro 12, 2012
Chumbado
O governo falhou nas metas do défice, da dívida, do crescimento do PIB, e do desemprego, ou seja, falhou em toda a linha.
No entanto, querem fazer-nos crer que o adiamento por um ano das metas deveu-se a uma avaliação positiva, mas, dados os resultados obtidos, isso não pode ser possível. Este governo teve mais um ano para atingir as metas porque chumbou e vai ter de repetir.
No entanto, querem fazer-nos crer que o adiamento por um ano das metas deveu-se a uma avaliação positiva, mas, dados os resultados obtidos, isso não pode ser possível. Este governo teve mais um ano para atingir as metas porque chumbou e vai ter de repetir.
segunda-feira, setembro 03, 2012
Pingo Doce, de Janeiro a Janeiro, excepto Setembro
É no Pingo Doce que faço a esmagadora maioria das minhas compras, e já o faço há algum tempo.
Costumo fazer compras semanalmente, e costuma ser suficiente, mas havendo alguma necessidade não prevista é também o Pingo Doce a minha primeira escolha.
Pago invariavelmente com o cartão multibanco. Seja que valor for.
A razão por que o faço é em primeiro lugar por controle pessoal de despesas, ou seja, para saber exactamente quanto gasto em supermercados em cada mês.
Neste fim de semana, concretizou-se a ameaça feita pelo Pingo Doce, que deixaria de aceitar cartões para pagamentos inferiores a 20€ e contrariamente ao que é habitual fui obrigado (contrariado) a pagar em dinheiro.
Por uns míseros 5 cêntimos, o Pingo Doce colocou em causa o meu conforto.
Assim sendo, tomei a decisão de pelo menos no próximo mês, não colocar os pés no Pingo Doce.
O Pingo Doce poupou 5 cêntimos mas perderá muito mais com a perda de um cliente.
Não aceito ser joguete nas disputas entre as grandes superfícies e a banca.
Se o aceitarmos passivamente, mais tarde ou mais cedo, serão os bancos a nos cobrarem pelo uso do multibanco.
Costumo fazer compras semanalmente, e costuma ser suficiente, mas havendo alguma necessidade não prevista é também o Pingo Doce a minha primeira escolha.
Pago invariavelmente com o cartão multibanco. Seja que valor for.
A razão por que o faço é em primeiro lugar por controle pessoal de despesas, ou seja, para saber exactamente quanto gasto em supermercados em cada mês.
Neste fim de semana, concretizou-se a ameaça feita pelo Pingo Doce, que deixaria de aceitar cartões para pagamentos inferiores a 20€ e contrariamente ao que é habitual fui obrigado (contrariado) a pagar em dinheiro.
Por uns míseros 5 cêntimos, o Pingo Doce colocou em causa o meu conforto.
Assim sendo, tomei a decisão de pelo menos no próximo mês, não colocar os pés no Pingo Doce.
O Pingo Doce poupou 5 cêntimos mas perderá muito mais com a perda de um cliente.
Não aceito ser joguete nas disputas entre as grandes superfícies e a banca.
Se o aceitarmos passivamente, mais tarde ou mais cedo, serão os bancos a nos cobrarem pelo uso do multibanco.
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