quinta-feira, janeiro 31, 2008
Quem souber que me explique.
Ou será que os enfermeiros estão a servir de cobaias para outras medidas semelhantes, para outras classes profissionais?
E se o GR começasse pela reorganização dos serviços onde há chefias que só se auto-chefiam, e que só lá chegaram para ficarem reféns do poder regional?
Muita água ainda vai correr debaixo desta ponte, para mal de muito crente.
Melhor do que o teu
Propõe-se atingir 500 visitantes em 6 meses. É pouco. Consegue muito mais.
Espero que vá dando bom uso ao arquivo que tem lá por casa e que nos vá dando a sua opinião sobre a politica, viagens e também sobre o parapente.
Boa Sorte
quarta-feira, janeiro 30, 2008
O mal dos outros são cocegas para nós.
As listas de espera de anos, não nos afligem?
A promiscuidade consentida a médicos que fazem-se de incompetentes no público para desviarem doentes para as clinicas onde exercem, não nos preocupa?
A elevada taxa de mortalidade infantil, não nos tira o sono?
Felizes governantes que têm um povo tão adormecido como este.
Jantares privados, assuntos públicos.
A fuga de receitas de publicidade para os gratuitos, ou a entrada do Petit Salazar para a administração do DN?
Conivências, impunidade e irresponsabilidade

Contrariando a legislação europeia e o restante território nacional, a Assembleia Legislativa da Madeira aprovou muito recentemente (e já em vigor) uma proposta do Governo Regional que visa isentar a utilização de tacógrafos digitais nos transportes de mercadorias (incluindo os camiões) nas estradas regionais.
Julgo que, muitos dos que nos lêem deverão percorrer com muita regularidade as vias rápidas da região. Como tal, não lhes passa despercebido o número elevado de camiões que excedem a velocidade máxima permitida para este tipo de veículos. Circulam a velocidades superiores a 100km/h e muitas vezes com carga. Estes empresários vivem num clima de total impunidade e com a agravante de ter a cobertura dos responsáveis máximos da região. Lamentável...
terça-feira, janeiro 29, 2008
Recordar é viver II
Alberto João Jardim numa entrevista ao JM
Recordar é viver
Alberto João Jardim - 29-12-74 (Tribuna livre)
Novos Ministros na Saúde e na Cultura e Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais
No mesmo momento, o Primeiro-ministro propôs a S. Exa. o Presidente da República a nomeação da Dr.ª Ana Jorge como nova Ministra da Saúde e do Dr. José António Pinto Ribeiro como novo Ministro da Cultura.
O Primeiro-ministro solicitou ainda a S. Exa. o Presidente da República a exoneração, a seu pedido, do Secretário de Estados dos Assuntos Fiscais, Dr. João Amaral Tomás e a nomeação para o mesmo cargo do Dr. Carlos Baptista Lobo.
segundo nota do Gabinete do Primeiro Ministro
Autarquia de São Pedro do Sul vai atribuir medalha de ouro a Correia de Campos
Os caminhos da droga
Então, como se justifica o aumento galopante da toxicodependência?
Como se justifica o aumento da criminalidade?
A resposta reside no modelo de desenvolvimento que há muito está esgotado.
Um modelo que colocou-nos hoje, com níveis de desemprego de há 30 anos. Um modelo que voltou a obrigar os madeirenses a emigrar.
O PSD deixou de procurar soluções para os problemas da Madeira. Limita-se a repetir insistentemente o modelo anterior, baseado na construção de infraestruturas, insistindo incessantemente, na esperança que este volte a dar resultados.
P.S. - Esta noite, uma jovem foi assaltada no seu próprio carro, ameaçada com uma seringa, e obrigada a levantar dinheiro no Multibanco. Será que isto é apenas alarmismo da Comunicação social?
Em Espanha é tudo à grande
O PP promete 2.200.000.
O PSOE promete apenas 2.000.000 mas em compensação promete dar 400€ a cada contribuinte.
Parece que a moda pegou.
Estatuto não respeita a Constituição
No Público de hoje.
A bolha independentista
Quem paga o Jantar?
É que um só tem dinheiro para pagar a um cego (que está do outro lado da rua) e o outro, com menos 3000 assinantes só este ano, deve ter ido ao jantar para "comer" e não para ser "comido".
segunda-feira, janeiro 28, 2008
Tão bem que nós estávamos
Se a lei está mal, se é fundamentalista, se não serve para nada, que seja alterada.
Pedir que a lei não seja aplicada é que é terceiro mundista.
in Random Precision via Carlos Alberto
O problema são os Arquivadores Públicos
Muitos no passado, já levaram esses nomes e casos às instâncias competentes, e o resultado tem sido pouco mais de nada.
Só para ir relembrando a agenda, estavam previstos para Fevereiro desenvolvimentos do dossier (com nomes e casos) que o PS-M levou ao PGR.
Esperamos pelo desfecho destes casos que são conhecidos de muita gente.
Depois não me venham com desculpas esfarrapadas que precisam de nomes e de casos.
A coerência como lema
Logo depois o Secretário Regional das finanças a dizer que não crescíamos mais porque os outros, que estão piores que nós não nos ajudam mais.
Esta argumentação faz algum sentido?!
Então o governo regional não é responsabilizado pela politica que tem seguido?!
Não é responsável pela falta de investimento nos recursos humanos?! Não é responsável pelo esbanjamento de dinheiro no JM, em parques empresariais vazios, nos rios de dinheiro para o desporto profissional?!
O novo modelo de desenvolvimento apregoado pelo PSD não passa de uma miragem.
Para quem tem por instrumento apenas um martelo, todos os problemas são pregos e resolvem-se à martelada.
domingo, janeiro 27, 2008
Apoio de Caroline Kennedy a Obama
(...)
I have never had a president who inspired me the way people tell me that my father inspired them. But for the first time, I believe I have found the man who could be that president — not just for me, but for a new generation of Americans.
Noticia triste
A morte de uma pessoa conhecida durante um parto é ainda mais triste.
Com a melhoria da oferta de cuidados de saúde, casos como este são cada vez mais raros, e acabamos por ter como certo que estes já não acontecem.
Infelizmente não é assim. Apenas tomamos conhecimento deles quando as pessoas envolvidas estão mais próximas de nós.
Os seus filhos, o que agora nasceu prematuramente e outro mais velho terão de viver sem uma mãe que os ame e proteja.
Tudo isto é demasiado triste.
sábado, janeiro 26, 2008
Para quando?
Para os mais esquecidos, relembro que neste acidente, que vitimou um automobilista, não foi possível socorrer a vítima porque não havia água nos carteis que deviam estar em carga.
A aguardar resposta.
sexta-feira, janeiro 25, 2008
Os arrependidos
Compreendo alguns dos dissabores que este governo trouxe a sectores como a função pública entre outros, mas parece que todos já se esqueceram que a alternativa a José Socrates era SANTANA LOPES, que em 4 meses de governação fez mais remodelações governamentais e trapalhadas que qualquer outro governo.
Será mesmo isso que os Portugueses querem!?
As sondagens têm mostrado que não. A maioria dos Portugueses não está arrependida, e percebe-se bem porquê. É porque este PSD aínda é o mesmo e não dá sinais de qualquer mudança.
Notícias que deveriam envergonhar quem nos governa
Esta notícia é a assunção que o Estado (Governo Central, Autarquias e Governo Regional) violam a lei sem que nada lhes aconteça.
Neste momento a legislação obriga a que o prazo de pagamento a fornecedores seja inferior a 2 meses.
Nada disto é cumprido e ninguém é responsabilizado.
Os atrasos sistemáticos nos pagamentos revelam a forma leviana como são geridos os nossos impostos e contribuem para fortes aumentos dos preços dos bens e serviços adquiridos.
Admiro a intenção do Sr. Ministro Teixeira dos Santos em resolver esta vergonha que apenas peca por tardia.
quinta-feira, janeiro 24, 2008
Descentralização
Assim, os municípios devem ficar responsáveis pelo pessoal não docente e acção social escolar nos 2.º e 3.º ciclos do Ensino Básico, pelos transportes escolares no 3.º ciclo, pela componente de apoio à família na Educação Pré-Escolar, pelas actividades de enriquecimento escolar no 1.º ciclo e pela manutenção e gestão do parque escolar nos 2.º e 3.º ciclos.
E cá na Madeira como será?
Ficará tudo na mesma, ou voltaremos a assistir a um folhetim idêntico ao dos 5% do IRS? Ou seja, com o GR a deixar de ter essa responsabilidade mas não abdicando do dinheiro para essa descentralização?
Não faltarão autarcas madeirenses que verão nesta descentralização, mais um ataque do Governo de Sócrates, que dirão que o Governo da República está a cumprimentar com o chapéu alheio, mas que nunca serão capazes de reivindicar um pouco desse poder ao governo centralista regional.
A salvação do SNS
De resto, não faz sentido manter uma rede de serviços de urgência (ou de pseudo-urgência) mal equipados e mal dotados de pessoal qualificado, criados há muito tempo sem qualquer racionalidade territorial, quando agora os requisitos de qualificação de tais serviços não cessam de crescer e os tempos de deslocação se tornaram muito menores, mercê da nova rede rodoviária agora existente. Parece evidente que, tal como sucedeu nas escolas e nas maternidades, mais vale ter serviços mais qualificados a alguma distância, do que ter maus serviços ao pé de casa, que muitas vezes se limitam a ser locais de passagem (e de perda de tempo) para os serviços de urgência mais qualificados. Ponto é que seja assegurado o transporte dos doentes, incluindo ambulâncias medicalizadas.
Há três condições essenciais para o êxito de reformas politicamente tão delicadas como estas. Primeiro, assentarem numa forte convicção política; segundo, serem previamente validadas por estudos técnicos credíveis; segundo, assegurarem inequívocos ganhos em saúde (validação pelos resultados). Preenchidas as três condições, é muito mais fácil enfrentar os interesses profissionais ou paroquiais e os atavismos políticos e ideológicos. De estranhar seria que reformas destas fossem consensuais.
de Vital Moreira in Aba da Causa
quarta-feira, janeiro 23, 2008
Chegou a vossa vez
Numa altura em que os investimentos públicos assentes no betão vão necessariamente esmorecer na região e perante uma situação de elevados ganhos pelas entidades construtoras e financeiras, não seria tempo destas avançarem para projectos empreendedores sustentando-se no seu capital acumulado?
Por exemplo, ver o grupo AFA investir em biotecnologia, o grupo SIRAM em investigação em energias alternativas ou o Cimentos Europa apostarem em áreas do ambiente, e por ai adiante…
Abutres

Pacheco Pereira ao Rádio Clube
Mapas do Sapo

Descobri recentemente uma funcionalidade do Sapo: os mapas do Sapo.
Basta ir ao endereço mapas.sapo.pt.
A informação disponível de toponímia, localidades, entidades disponíveis bem como a possibilidade de criar itinerários tornam a sua utilização muito simples e útil.
Experimentem colocar nas pesquisas:
Bombas de gasolina no Porto Moniz
Farmácias em Machico
Estrada Monumental no Funchal
É também possível navegar por: Ruas, Localidade e Entidades.
Aviso
É uma questão que apenas diz respeito ao próprio e aos seus próximos.
As notícias de que se fala... e as outras
Ainda relacionado com este tema e com esta localização, surgiram já este ano duas notícias que não tiveram destaque nenhum. É a velha questão: não há sangue, não há notícia.
Em apenas um ano a lista de espera para cirurgias na Região Norte passou de mais de 75000 para cerca de 65000, além de ter aumentado consideravelmente a percentagem de cirurgias em ambulatório e de ter diminuído o tempo de espera por uma cirurgia.
Outra noticia que foi praticamente ignorada, foi a da abertura em Arcos de Valdevez de uma Unidade de Saúde Familiar (USF).
P.S. - Estranhamente ou não, todos os autarcas que se têm manifestado contra a reorganização da rede de cuidados de saúde e também da rede escolar são do PSD.
terça-feira, janeiro 22, 2008
Por favor, vejam o óbvio
Lições do primeiro mundo

Dâmaso é um destacado militante do PSD e foi candidato contra César em 1995. Nos Açores o Presidente do Governo não guarda rancores e trata todos com respeito e de acordo com o seu mérito.
Na Madeira, os “Dâmasos” são perseguidos, injuriados, prejudicados nas suas carreiras.
Será que as pessoas que votam PSD-M ainda não perceberam…
"Consulta Popular" ou status quo?
Tendo em conta que o PSD agita essa bandeira desde há 30 anos, falando sempre em nome dos madeirenses, é importante perguntar aos madeirenses o que pensam sobre essa questão.
O esclarecimento desta questão seria um importante contributo para a democracia da Madeira, para a sua imagem a nível nacional e para ultrapassar uma (falsa) questão/ameaça que é recorrentemente usada, sem que ninguém diga: Basta, vamos esclarecer isto!
Meus amigos, ser patriota é não pactuar com este tipo de ameaça. Mas é não pactuar, agindo para acabar de vez com a mesma. Não é se resignando a declarações de indignação que só dão mais eco à ameaça e servem os seus propósitos, ou exigindo uma discussão que sabemos que nunca vai acontecer, porque todos sabemos que um lado vai dar falta de comparência.
Querem acabar com a ameaça? Perguntem ao Povo o que pensa sobre a questão.
segunda-feira, janeiro 21, 2008
Lemas
André Gide
Grandes almas sempre encontraram forte oposição de mentes medíocres.
Albert Einstein
Terá razão, a população de Anadia?
Não dúvido que essas populações sintam muito a perda de um serviço de apesar de não ser de qualidade, estava próximo e dava uma sensação (falsa) de segurança.
Com o fecho do hospital de Anadia, o sitio que fica mais afastado de um hospital fica a cerca de 30Km, uma distância inferior à distância entre o Porto Moniz e o Funchal. Perto de Anadia existem 3 hospitais, nomeadamente Coimbra, Aveiro e Viseu.
Por outro lado, Anadia tem uma população muito inferior a estas zonas onde se manterão os hospitais.
É sabido que o hospital de Anadia tinha uma baixissima produtividade, sendo inferior a duas intervenções por dia e por médico, pondo em causa a sua qualidade profissional.
Por estas razões, considero que a população de Anadia não tem razão, e que a racionalização que está a ser feita é uma necessidade evidente.
INDEPENDÊNCIA - debate urgente
domingo, janeiro 20, 2008
Inflação, PIB e Desemprego
Vale a pena ler.
Perguntas de algibeira: resposta.
A resposta é muito simples: não fecham porque... exceptuando o Hospital Central, não existe atendimento permamente na Madeira.
E já agora, alguém sabe porque não fecham as maternidades?
Millennium
Lista dos condenados
Os valores que o GR se propõe a pagar são tão baixos que os moradores não conseguem comprar um apartamento em nenhuma parte da Madeira.
Falamos com um proprietário que tem uma casa com 2 quartos e algum terreno a quem foi proposto 25 mil euros.
Foi também referido que junto aos terrenos onde será implantado o novo Hospital os terrenos estão a ser transacionados a 250€. Valor muito superior aos 30€ propostos aos propriérários da lista dos condenados.
sexta-feira, janeiro 18, 2008
Inflação e crescimento
No mesmo periodo a taxa de crescimento do PIB tem vindo a subir.
Usando os indicadores que tem vindo a ser utilizados, significa que em alturas de apertos os aumentos salariais são maiores, atrasando a própria retoma, e em alturas de desafogo os crescimentos são menores, uma vez que a inflação é mais baixa.
Será que esta politica de contra-ciclo dá bons resultados?
Lá, mas não como cá
No Público.
Na RAM e a exemplo do que foi feito para a costa vicentina, só após a aprovação final dos POOC é que se deveria prosseguir com os projectos recuperação ou de ocupação do litoral. Foi uma oportunidade perdida.
quinta-feira, janeiro 17, 2008
Imoral!
A alguns dias alguém num blog questionava-se sobre as razões que levavam muitos jovens madeirenses qualificados, e eu acrescentaria muitos outros com baixas qualificações, a emigrar para encontrar um emprego.
Cá tens a tua resposta.
Inflação e produtividade
Se por absurdo fossem anunciados aumentos salarias de 10% isso seria interpretado pelo mercado como um aumento de disponibilidade de dinheiro, o que levaria a um aumento dos preços superior ao aumento dos custos, sendo grande parte dos ganhos absorvidos pelo aumento de preços e não por um aumento do poder de compra.
Ao invés, os aumentos salariais deveriam ser indexados ao aumento da produtividade, ou mais grosseiramente, à previsão do aumento do PIB, e deste modo reflectir uma distribuição dos rendimentos existentes.
Ao agir desta maneira os negociadores estariam em sintonia com as previsões do governo, sendo certo que nenhum governo tem orgulho em anunciar um crescimento baixo.
Já no caso da inflação, não existe nenhum governo que queira anunciar uma inflação alta.
Outra questão relacionada com a negociação salarial tem a ver com os valores utilizados. Talvez seja tempo de usar os valores do passado e não os valores previstos, a bem da diminuição da expeculação.
quarta-feira, janeiro 16, 2008
Menos 100 Mil pessoas em risco de pobreza em Portugal
Estou certo que o complemento solidário para os idosos mais necessitados teve aqui um papel fundamental.
A par desta grande diminuição do nº de pessoas em risco de pobreza, -5,5% relativamente aos dois anos anteriores, as desigualdades de rendimentos foram também atenuadas, onde o índice S80/S20, que mede a relação entre os rendimentos dos 20% mais ricos comparativamente aos 20% mais pobres, passou de 6,9 para 6,8.
Não tenho os dados relativos à Madeira, mas pelo clima que se sente no ar, estou convencido que qualquer semelhança com o resto do país é pura coincidência.
Jordi pujol dá castanhada em Alberto João
in DN-M
terça-feira, janeiro 15, 2008
Competitividade fiscal não basta

Do artigo de Teodora Cardoso no JN, retive a seguinte passagem:
Em Portugal, entre 1982 e 2005, a taxa marginal de tributação efectiva (corrigida do efeito da inflação) passou da mais alta da Europa (quase 50% em 1982) para a terceira mais baixa (cerca de 15%), superior apenas à da Grécia (próxima dos 12%) e da Irlanda (10%). No caso da taxa média de tributação efectiva, a evolução foi semelhante, sendo o seu nível em Portugal o segundo mais baixo da OCDE, logo a seguir à Irlanda. Em termos de peso no PIB, a posição de Portugal é menos favorável, situando-se perto da média da OCDE.
Os números referidos são apenas alguns dos indicadores introdutórios da análise da OCDE, que precisa de ser estudada cuidadosamente. No entanto, para efeitos do debate nacional, eles mostram, mais uma vez, como a melhoria da capacidade da economia portuguesa para atrair investimento se tem de concentrar nos factores associados à produtividade, ou seja, à qualificação dos trabalhadores, à qualidade e flexibilidade da gestão, à desburocratização, à logística ou aos custos da energia e dos serviços, mantendo naturalmente a atenção sobre a competitividade fiscal, mas tendo também consciência de que esse é um dos problemas em que a política económica portuguesa melhor acompanhou a evolução internacional.
Autonomia Fiscal - Um pouco de seriedade, se fazem favor
II - Competências legislativas e regulamentares
Artigo 138.º - Adaptação do sistema fiscal nacional às especificidades regionais
1 - A Assembleia Legislativa Regional pode conceder deduções à colecta relativa aos lucros comerciais, industriais e agrícolas reinvestidos pelos sujeitos passivos.
2 - A Assembleia Legislativa Regional pode, nos termos da lei, diminuir as taxas nacionais dos Impostos sobre o Rendimento (IRS e IRC) e do Imposto sobre o Valor Acrescentado até ao limite de 30%, e dos Impostos Especiais de Consumo, de acordo com a legislação em vigor.
3 - A Assembleia Legislativa Regional pode autorizar o Governo Regional a conceder benefícios fiscais temporários e condicionados, relativos a impostos de âmbito nacional e regional, em regime contratual, aplicáveis a projectos de investimento significativos, nos termos do Estatuto dos Benefícios Fiscais e legislação complementar em vigor, com as necessárias adaptações.
4 - A Assembleia Legislativa Regional pode ainda:
a) Fixar diferentes limites para a taxa de contribuição autárquica aplicável a imóveis situados no território da Região;
b) Isentar, reduzir ou bonificar derramas aplicáveis no território da Região.
Artigo 139.º - Competências regulamentares
O Governo Regional tem competência regulamentar fiscal relativa às matérias objecto de competência legislativa regional.
Comentário:
Quanto à "autonomia fiscal":
Como se pode atestar da leitura dos artigos supra, a Madeira tem a mais elevada autonomia fiscal possível. É de tal forma lata que foi consgrado o poder legislativo máximo em matéria fiscal, normalmente reservado para as assembleias da república, a criação de impostos (regionais). Portanto, a declaração de desejo por "mais autonomia fiscal" só pode provir do desconhecimento da Lei, nomeadamente do Estatuto Político-Administrativo da RAM. O que numa deputada não é bom sinal.
Quanto à questão da taxa de IVA preocupar a SDM:
De facto o aumento da taxa de IVA, em 2005, enfraqueceu um dos factores concorrenciais do Centro Internacional de Negócios da Madeira na atracção de empresas comércio electrónico, visto que até então a Madeira tinha a mais baixa taxa de IVA da UE. No entanto, é preciso que se note que a Madeira continua a ter, a par do Luxemburgo, a mais baixa taxa de IVA da UE, só deixou de estar isolada nessa posição. Portanto, a repercussão dessa medida é muito baixa, e o CINM continua a ser, também por essa via, competitivo.
No entanto, e tendo em conta que a UE decidiu que IVA nos serviços vendidos pela Internet passarão a ser cobrados e pagos às autoridades do país de consumo e não onde as empresas estão instaladas, essa questão deixa de ter importância. É uma falsa questão.
Mas mesmo que essa questão fosse pertinente, ao contrário do que se afirma, a questão do IVA praticado no CINM não compete ao Estado português mas sim à UE, já que o CINM é regulada e licenciado por esta. Ora, a UE está a fazer o seu caminho para a harmonização fiscal dentro da União e, como tal, não poderá atender a tal pretensão.
Quanto ao efeito sobre a economia
Por fim, queria salientar o facto de que a redução das taxas do IVA não é o melhor método para promover certos bens ou serviços junto dos consumidores.
Com efeito, o IVA, ao contrário dos impostos especiais de consumo, não se destina a alterar o comportamento dos consumidores. Do mesmo modo, a repercussão da redução das taxas do IVA nos preços no consumidor nunca é total: muitas vezes é insignificante e, para além do mais, temporária. Por este motivo, nenhum mecanismo económico baseado na premissa de que a redução do IVA implicará uma diminuição dos preços e, por conseguinte, um aumento da procura, pode funcionar correctamente.
Finalmente, o IVA é um imposto sobre o consumo cujo objectivo principal é gerar receitas fiscais, o IVA não pode, em nenhuma circustância, ser utilizado como uma subvenção para determinados sectores.
Sondagem Farpas - Funchal 500 Anos
Para já é maior a participação na sondagem que nos eventos.
Vote e comente. Fale-nos dos eventos em que participou.
Se aínda não foi a nenhum, diga-nos quais as razões.
Veja os eventos em www.funchal500anos.com
Gente sem valor e sem valores
Dizem que querem libertar o povo.
Autonomia fiscal
Em virtude da nova lei das finanças regionais, todos os impostos cobrados na Madeira constituem receitas próprias, não existindo razões de fundo para que os impostos na Madeira tenham que estar indexados aos impostos do resto do país.
Se baixarmos os impostos, e em consequência ficármos com menos receita, será uma responsablidade nossa que não terá impacto no resto do país.
A responsabilização de quem governa está em grande medida relacionada com a capacidade de cobrar impostos e no modo como a população valoriza o que é feito com esse dinheiro.
Já no passado tinha mostrado a minha opinião no sentido de uma coexistência de diversos sistemas fiscais no País. Pelos vistos há mais pessoas a pensar o mesmo.
segunda-feira, janeiro 14, 2008
Cair na real
Ver aqui.
Surpresa?
De acordo com o INE na publicação ''Portugal em Números'' relativo a dados de 2006 a Madeira está na cauda das regiões do país ao nível da inovação e tecnologia em todos os indicadores (investimentos, equipamentos, recursos humanos).
Qual é a segunda melhor ilha do mundo?
Durante anos, a maior campanha pelo turismo nos Açores foi privada, boca-a-boca. Recomendar uma viagem aos Açores era o equivalente a sugerir o melhor sítio da cidade para comer hummus - informação preciosa, qualquer coisa que só nós sabemos mas partilhável com gente fiável. Ia-se aos Açores porque alguém antes de nós já lá tinha estado e falava daquelas ilhas como de uma epifania. E voltava-se membro do clube. Era um clube porque eram poucas pessoas. O clube tem crescido e, provavelmente, clube é palavra que já não lhe assenta. No final de 2007, os Açores surgiram em algumas listas best of da imprensa de viagens. Ocupam a segunda posição num ranking de ilhas da National Geographic Traveler, que se vangloria de ser a revista de viagens com mais leitores a nível mundial. Estão entre as melhores regiões do mundo, segundo uma votação conjunta do staff editorial e dos leitores dos famosos guias Lonely Planet - a chamada Bluelist, que é uma lista-sondagem dos lugares (ou "experiências de viagem", como indica o site do Lonely Planet) mais recomendados por aqueles. E, nos inúmeros tops que a secção de viagens do britânico Guardian elaborou para o novo ano, os Açores figuram entre as 10 things to look forward to (10 coisas por que mal podemos esperar): uma das operadoras turísticas britânicas que viaja para os Açores, a Sunvil, vai passar a vender escapadelas de fins-de-semana com tudo organizado.
Há, portanto, sinais de que os Açores estão a ser "descobertos". E que, em termos turísticos, Portugal já não é só Algarve e Madeira. Há nichos que começam a ganhar notoriedade, como o Douro. E há Lisboa, que constitui um caso em si mesma, como parece comprovar a recente lista dos 53 lugares para ir em 2008 do New York Times (lá vai Lisboa, não a do costume, mas a Lisboa emergente, da colecção Berardo e dos hotéis de design).
A prova? Os textos ó-que-espanto que publicam. "O potencial de surpresa é invulgarmente elevado", escrevia Nicholas Roe no Telegraph, em Setembro do ano passado. "Em que outro ponto da Europa conseguiria encontrar, numa só região: plantações de chá, vinhas, ananases, actividade vulcânica, campos de tabaco, muros de pedra seca, infindáveis sebes de hortênsias selvagens, águas literalmente borbulhantes e vacas malhadas pachorrentas?"
Que pessoas são essas? Vale a pena citá-lo longamente. "Querem ir para sítios que parecem genuínos, que não são como o lugar onde vivem, que lhes proporcione uma verdadeira experiência de viagem. Entre outras coisas, isso significa que não deve estar repleto de outros turistas - querem sentir que são os habitantes locais que dominam o lugar, não os visitantes. O outro factor é a crescente globalização, que é certamente um grande problema neste país [Estados Unidos]: a periferia de qualquer cidade americana é muito parecida com todas as outras porque as empresas e as lojas são as mesmas. E cada vez mais vemos o mesmo fenómeno nos destinos turísticos. Se é a mesma cadeia de hotéis, a mesma cadeia de restaurantes, a mesma loja que vende as mesmas coisas, mais vale ficar em casa. A autenticidade é o ponto-chave. Pelo que os nossos especialistas [que votaram no ranking de ilhas] disseram, quando estamos nos Açores, sabemos que estamos nos Açores. Sustentar a diferença, aquilo que distingue um lugar de todos os outros, é o principal da sustentabilidade."
Até onde?Ian Coates fundou a Archipelago Azores, uma agência de viagens no noroeste de Inglaterra especializada em viagens para os Açores, em Setembro de 1998. "A minha mulher, Sarah Bennett, esteve um ano a trabalhar nos Açores, como guia para visitantes britânicos, há 12 anos. Percebemos que ninguém estava a promover os Açores no Reino Unido, portanto criámos a Archipelago Azores." Não há nada de estranho no facto de uma agência de viagens no noroeste de Inglaterra se dedicar exclusivamente aos Açores. O Reino Unido, segundo Isabel Barata, é a segunda maior fonte de turistas a nível mundial. "É disputado por todos os destinos mundiais. Tanto mais que o turista inglês é um turista muito estratificado, tem segmentos para todos os mercados, portanto é inundado por campanhas em que os destinos, alguns deles, investem quantias absolutamente fabulosas." A directora regional do turismo conhece o fundador da Archipelago Azores - "O Ian foi um dos percursores" da divulgação dos Açores no Reino Unido, diz - mas garante que "as coisas mudaram bastante". Sobretudo, desde que a Sata começou a fazer voos directos entre Londres e Ponta Delgada, há três anos - uma vez por semana, às terças-feiras, na época baixa; duas vezes por semana, também aos sábados, na época alta. Ian Coates também não subestima a importância do voo directo: a Archipelago Azores duplicou o número de clientes desde então. Isabel Barata diz que em quatro anos a oferta hoteleira dos Açores duplicou e o turismo rural cresceu "exponencialmente".
"Temos grandes preocupações de sustentabilidade. Não podemos pôr em causa o nosso principal motivo de atracção: a nossa natureza, os nossos recursos naturais. Nem o turismo pode ser de tal forma a constituir uma pressão excessiva para as populações, apesar de ser um importante pilar de desenvolvimento económico."
Esclarecimento
Mas, se ainda lhe restam algumas dúvidas, eu recomendo que faça um pequeno exercício:
1. Enumere os articulistas do tal pasquim e verifique a sua filiação partidária. No final, talvez tenha uma surpresa …, ou não (!?).
2. Leia com atenção os títulos, os entrevistados, os destaques, os suplementos, o conteúdo dos artigos e verifique se preenchem os requesitos da imparcialidade e isenção exigidos...
Depois deste trabalhinho, dê-nos a sua resposta.
Bem-Vindo
Esperemos que esta vinda seja duradora e profícua.
A máscara privada do monstro público
São estes os empresários que dizem que o mercado faz milagres, mas que não sobreviveriam um dia sem a mão protectora do estado.
Vivem das benesses do estado, vulgo subsidios. Vivem dos monopólios instituidos. E arranjam sempre uma boa explicação para que assim seja.
Deveriam ter vergonha.
domingo, janeiro 13, 2008
Pequenos Partidos II
O critério da existência de mais de 5000 militantes já estava presente nos critérios de criação dos partidos, parecendo lógico que se na criação os partidos tinham esse número mínimo de militantes, o mesmo aconteceria durante a sua vida.
Mas, como temos vindo a verificar, este critério levanta algumas questões relativamente à sua verificação.
Algumas pessoas sugerem que o critério deveria ser outro, como por exemplo: um nº mínimo de votos nas eleições legislativas.
Parece que num futuro próximo existirão novidades relativamente a este assunto.
P.S. - Na Sondagem Farpas que se realizou aqui durante algumas semanas, a maioria dos votantes (66%) mostraram-se contra a extinção dos partidos com menos de 5000 militantes, enquanto que 30% mostrou-se favorável.
sábado, janeiro 12, 2008
Projecto de Lei: Lei Eleitoral dos Órgãos das Autarquias Locais
a) Eleição directa, secreta, universal, periódica e conjunta da assembleia municipal e do presidente da câmara municipal;
b) O presidente da câmara municipal é o cabeça da lista mais votada para a assembleia municipal, à semelhança do regime actualmente vigente nas freguesias;
c) Designação dos restantes membros do órgão executivo pelo respectivo presidente de entre os membros do órgão deliberativo eleitos directamente e em efectividade de funções;
d) A garantia de representação das forças políticas não vencedoras no executivo municipal;
e) O reforço dos poderes de fiscalização do órgão deliberativo, tendo como corolário a apreciação da constituição e remodelação do executivo, através da possibilidade de aprovação de moções de rejeição;
f) A deliberação de rejeição do executivo requer maioria de três quintos, gerando, em caso de segunda rejeição, a realização de eleições intercalares;
g) Tais direitos apenas são exercidos, ao nível municipal, pelos membros da respectiva assembleia directamente eleitos e em efectividade de funções.
Pode ver aqui.
O CDS apresenta também uma proposta, aqui.
Porque hoje é Sabado

Seríamos talvez pólos infinitamente pequenos de partículas cósmicas em queda invisível na terra.
sexta-feira, janeiro 11, 2008
Contado ninguém acredita
A dada altura escreve o seguinte e sem pudor nenhum: (...)Nunca percebi muito bem a razão porque muitos empresários, dirigentes e simpatizantes do PSD, entregam publicidade ao Diário de Notícias e não o fazem ao Jornal da Madeira. Acho que chegou agora o momento de repensarem a sua estratégia. Não entendo também porque razão é que há departamentos governamentais madeirenses que guardam as notícias para o Diário de Notícias e escondem-nas do Jornal da Madeira(...)
E é para estes energumenos que vai o dinheiro que tanto me custa a ganhar.
ALM
A AMRAM veio ontem dizer que cabe ao Governo da República transferir para o municipios das regiões autonómas estes valores e não o Governo Regional (a Região fica com as receitas do IRS tributadas cá).
Eu não discuto a legitimidade desta argumentação nem as razões evocadas. Ora, se se recordam, na altura em que esta nova lei não passava de uma Proposta de Lei e estava em discussão na Assembleia da República teve de receber um parecer da Assembleia Legislativa da Madeira. Na altura não deram conta desta questão?
Novo aeroporto

As distâncias entre o Campo de Tiro de Alcochete (CTA) (localização do novo aeroporto), que curiosamente não se localiza no concelho de Alcochete (!?) mas entre os concelhos de Benavente e Montijo, e o centro de Lisboa em via rodoviária é de acordo com o estudo do LNEC de 48km. Mais 3km que entre Lisboa e OTA.
(...) ambas as localizações se encontram a significativa distância de Lisboa: por via rodoviária (a utilizada pela maioria dos passageiros), a Ota a 45 km, e o CTA (H6B) a 48 km (distâncias entre a Aerogare de Passageiros e o Campo Pequeno). Esta distância entre o NAL e o centro da cidade, muito elevada quando comparada com outras cidades europeias, implica custos elevados de acessibilidade (...)
Na página 187 do relatório.
Descarregue o relatório aqui (PDF) e veja ainda os quadros na pág. 188.
Pequenos Partidos (PP)
Dou uma dica. Utilizem o nº de militante, a data de filiação e métodos de amostragem para não terem de mostrar os dados de todos os militantes. Estes dados são mais que suficientes para efectuar a aferição necessária.
Além disso, os partidos não são organizações clandestinas e que se saiba as pessoas são militantes por livre vontade, não se percebendo muito bem de que têm medo os partidos (para além de não terem os 5000 militantes e terem se fechar portas).
Ota e Alcochete

Nota: Esta linha de separação é uma visão muito simplista, uma vez que os caminhos não são em campo aberto e sem obstáculos mas sim através de estradas ou caminhos de ferro. Isto significa que na realidade a linha de equidistância não é uma recta e que devido à existência do rio, esta deverá situar-se ligeiramente mais para Sul.
Não consigo perceber
Como é possível que seja mais barato ir para Lisboa fazendo escala em Londres do que indo directamente?
Como é possível que tudo isto aconteça quando as viagens entre Madeira e Lisboa são subsidiadas?
Pergunta de Algibeira
Poupança
Feitas as contas do ano passado, cheguei à conclusão que consegui poupar 30,58€, e estou a pagar casa.
Parecendo que não é grande coisa é melhor que coisa nenhuma.
No ano anterior espatifei tudo e que ganhei e não gastei um tostão em casa própria.
A poupança começa por saber onde se gasta o dinheiro e que gastos podem ser cortados.
quinta-feira, janeiro 10, 2008
Ratificar Vs Rectificar
Ratificar significa confirmar, reafirmar, validar, autenticar, revalidar, corroborar, comprovar.
Rectificar significa corrigir, endireitar, alinhar.
Espero ter contribuído para o esclarecimento deste equívoco.
Adenda: a última palavra foi corrigida por indicação do Sancho (Ups!)
Morto o referendo, venha Alcochete.
Ao anunciar hoje a localização do novo aeroporto em Alcochete, depois de ontem ter anunciado no parlamento que o Tratado de Lisboa não seria ratificado através de consulta popular, o Primeiro Ministro matou imediatamente o assunto: referendo.
Cheira-me que logo a seguir poderá vir uma remodelação governamental, que inevitavelmente matará o assunto do novo Aeroporto, mas que também se esgotará em pouco tempo.
quarta-feira, janeiro 09, 2008
A decisão

Não discordo de um referendo sobre o Tratado de Lisboa. Não duvido que seria uma oportunidade na sociedade portuguesa, se bem intencionado, para discutir um tema europeu de forma construtiva. Todavia, considero também que o Tratado de Lisboa é fundamental para viabilizar o projecto da união europeia. É importante a sua ratificação.
Se se recordam, em 2005, nos referendos para a ratificação do Tratado Constitucional na Holanda e na França, as negas não se deram por motivos de discordância com o documento propriamente dito, mas por motivações de desagrado por questões internas a cada um dos Estados-Membros (desemprego, imigração, insegurança, concorrência com os países asíaticos, etc.). Lembrem-se que em 2005 estávamos em plena crise de confiança dos europeus - económica e social. Discutiu-se pouco ‘’Europa’’. Ora, se considerarmos que em 2008 a situação previsível é para haver alguma instabilidade social (mercado financeiro, desemprego, baixas expectativas, etc.) no espaço da UE, com a recuperação a ser muito lenta, facilmente chega-se à conclusão que não se encontram reunidas as condições para discutir convenientemente este assunto.
Não tenho dúvidas que em alguns países (movidos pelos partidos eurocépticos e incendiados pelos partidos demagógicos) o referendo seria utilizado como mera acha para a manifestação de desagrado pelo momento actual, mas ao nível interno. Por tabela, amputávamos o Tratado. As consequências? Muito imprevisíveis...
Cobertor curto de mais
Pelos vistos, não será bem assim.
No caso do Funchal, as receitas do IRS correspondem a 5% do orçamento (5M€ de um orçamento de 100M€). Isto significa que se o GR não legislar no sentido de dar poder e autonomia às CM, estas terão deapresentar orçamentos rectificativos, ou em alternativa ver reduzidas consideravelmente a execução desses mesmos orçamentos.
Têm havido muito dinheiro na Madeira. Mas muito dele tem sido mal gasto. Só assim se explica que tenhamos chegado a esta situação em que CM e GR estão em pré falência e ninguem está disposto a abdicar dum tostão.
Centralismos regionais
Neste momento as autarquias dependem dos contratos-programa com o GR para poderem realizar obra. Esta situação torna as autarquias mais dependentes do GR.
Por outro lado, esta forma de distribuir "benesses" é usada para diferenciar aqueles que são do partido do poder dos outros.
Lembremo-nos da altura em que o PS chefiava os destinos de Machico e Porto Santo e do tratamento discriminatório que foram alvo por parte do GR, sofendo cortes superiores a 50% nas suas receitas.
Com a nova Lei das Finanças Locais, as autarquias passam a poder dispor de 5% dos IRS cobrado no concelho e deste modo passam a ser menos dependentes do GR.
A esta tentativa legitima de autonomia das autarquias madeirenses, o GR, na voz do secretário regional das fiananças, responde com a ameaça de cortar nos contratos programa.
Assim se vê que tipo de autonomia defende este GR.
Mais do mesmo II
da jornalista Lilia Bernardes no DN
Mais do mesmo
Relatório denuncia ilegalidades na gestão financeira de Alberto João Jardim
O Tribunal de Contas refere a existência de ilegalidades na gestão financeira do Governo Regional da Madeira. A gestão de Alberto João Jardim gastou em 2006 mais de 8,5 milhões euros com estudos, pareceres, projectos e consultadoria.
SIC
O relatório do Tribunal de Contas denuncia casos de ajuste directo, isto é, contratação sem concurso público, e ainda situações em que a prestação dos serviços teve lugar antes da adjudicação ou da autorização orçamental para a respectiva despesa. Os resultados da auditoria seguem para o Ministério Público. O Tribunal diz que há indícios de ilícitos que são passíveis de responsabilidade financeira sancionatória.
in Sic
Ratificação parlamentar ao Tratado de Lisboa
Em primeiro lugar porque existe uma promessa eleitoral que deve ser cumprida, ao contrário doutros países.
Depois porque o argumento de que o referendo seria chumbado noutros países é precisamente a declaração de morte da UE. Só se os Europeus se sentirem parte deste projecto é que este terá alguma viabilidade. Com esquivas fugas ao esclarecimento da população os anticorpos à UE crescerão e a prazo serão o inicio de conflitos dificeis de sanar.
Já noutro plano, a campanha eleitoral para um referendo iria encostar o PS ao PSD e CDS e retiraria capacidade de critica dos partidos da oposição ao governo.
Recusando o referendo, não só perde esta oportunidade com coloca-se a jeito de ser atacado por falta de cumprimento de promessas eleitorais.
Espero que o desgaste provocado pela opção que parece estar a ser seguida esteja a ser devidamente avaliada, tanto no plano interno como no externo. Infelizmente suspeito que não.
Holismo
E não existe nenhum país do mundo em que esta noção esteja tão enraizada como em Portugal.
Só assim se explica que os retroativos do aumento de pensões pagos num só mês signifique muito mais do que o mesmo dinheiro distribuido por 14 meses.
Será que os pensionistas ficariam mais satisfeitos se recebessem os 14 meses de pensões todos no primeiro mês do ano? Duvido.
Adenda: O ministro percebeu como pensa a população (ou os senhores da oposição) e vai pagar tudo de uma vez. Satisfeitos?!
domingo, janeiro 06, 2008
Vá lá
No Público de hoje.
sábado, janeiro 05, 2008
réplica
Reconheço o tom provocador do post anterior. Foi intencional.
Todavia, pretendi remexer num assunto, que para mim carece de maior atenção e reflexão, a comunicação social madeirense, os seus agentes e o (mau) serviço público de televisão da RTP-Madeira.
Não será, que assumimos já como normal e natural o facto daqueles a quem se deveriam exigir imparcialidade e sensatez assumirem-se como os maiores facciosos, partidários, promovendo-se e promovendo terceiros numa televisão regional que se pretende de serviço público (e suportada por todos nós)? Já para não falar dos órgãos de comunicação social privados nada independentes e que vão prestando mau jornalismo…
Nota: Aproveitem para ler o artigo de Fernando Letra no DN-M. Dos poucos...
sexta-feira, janeiro 04, 2008
Os hooligans da CS madeirense
Não era tempo da RTP-M realizar um programa (à semelhança da RTP-A e da RTP nacional) para discutir assuntos políticos mas com a presença de políticos? Não seria tudo mais transparente?
Nota: Reparem no título do Tribuna da Madeira e comparem com o conteúdo da entrevista. Sem mais comentários…
quinta-feira, janeiro 03, 2008
Catalunha cria organismo para gerir seus próprios impostos
A Agência Tributária da Catalunha surgiu após a aprovação do novo Estatuto de Autonomia, em 2005, que previa um mecanismo próprio de controlo financeiro e de gestão.
O orçamento do novo organismo é de aproximadamente 32 milhões de euros e contará com 347 trabalhadores para administrar mais de 5 bilhões de euros em receitas tributárias próprias.
De acordo com José Montilla, a inauguração da Agência Tributária da Catalunha permitirá à comunidade autonoma fortalecer o seu governo próprio, continuando solidária com o resto de Espanha.
O presidente da Catalunha disse que as ambições da região em relação à autonomia não estão destruindo o Estado, mas sim ajudando "a ultrapassar uma velha, ancestral e esclerótica forma de entender a Espanha".
"Estamos trabalhando para construir uma Espanha em que os direitos diferenciais sejam a riqueza e não o problema, onde a vontade dos cidadãos de se auto-governarem não se contemple como uma debilidade mas sim como um sintoma de maturidade e força", afirmou o Montilla.
in lusa
Ninguém tenha dúvidas que uma autonomia madura exige uma grande responsabilização.
quarta-feira, janeiro 02, 2008
Nova Lei Anti-Tabaco

Com a anterior lei muitos clientes e funcionários não tinham a opção de frequentar ou trabalhar em lugares livres de fumo, que na prática não existiam.
Os fumadores, que creio serem uma pequena parte da população, faziam uso da sua liberdade em quase todos os sítios, retirando a liberdade à maioria dos outros cidadãos.
Neste momento, em muitos estabelecimentos não é permitido fumar, mas ainda existem muitos onde ainda o é, permitindo que os fumadores não tenham de abdicar dos seus direitos e liberdades.
Espero que com esta lei se chegue a um equilíbrio em que todos se sintam bem consigo e com os outros.
P.S. - Não está previsto na nova lei mas considero que as pessoas que trabalham em zonas em que é permitido o fumo deveriam ter a opção de apenas parte do tempo de trabalho ser passado em ambiente com fumo.
Novas rotas - low cost

Segundo aparece nas opções das viagens a partir da Madeira através da companhia aérea de baixo custo EasyJet, parece que esta prepara-se para acrescentar a rota Madeira-Gatwick(Londres).
Estou muito mais feliz
Piroseiras
Não cabe na cabeça de ninguem comemorar a passagem de testemunho da presidência da UE com vinho Madeira.
Toda a gente sabe que não se devem fazer misturas, e que Vinho Madeira com Johnie Walker é ressaca garantida.
Por isso, se eu fosse o Dr. Alberto João Jardim também não ía à dita cerimónia.